Os
planos de saúde adoram o projeto de lei proposto na Câmara para alterar regras
do setor. Após faturarem R$ 178,4 bilhões em 2016 no Brasil, as empresas fazem
um lobby no Congresso para aprovar o projeto que é um primor de mau-caratismo.
Se aprovada, a nova lei continuaria a permitir que planos aumentem o custo de
segurados de 59 anos, em razão da proibição de fazê-lo a partir dos 60 anos. A
novidade é que o aumento abusivo poderá ser “diluído” em cinco anos. De maneira
criminosa, o projeto da nova lei dos planos revoga artigo do Estatuto do Idoso
que proíbe aumento do seu valor após os 60 anos.
Para
burlar o Estatuto do Idoso, planos de saúde aumentam valores aos 59 anos do
cliente, autorizados pela “agência reguladora” ANS.
O
cliente passa a vida pagando plano de saúde quase sem utilizá-lo, mas aos 59
anos os preços são aumentados para empurrá-lo ao SUS.
Há
deputados que defendem a ideia de que o idoso é problema do SUS. Para eles,
planos são para os jovens, que pagam sem utilizá-lo. (E a maior burla é a de
que dos 6.220.585 planos de Assistência Médico-Hospitalar de idosos acima de 59
anos existentes no Brasil, de um total de 47.383.248, conforme os últimos dados
disponibilizados pela própria ANS e referentes a junho de 2017, 4.995.555 são
com obstetrícia e sem obstretícia, apenas 1.225.030, ou seja, tudo feito com o
único intuito de ainda mais encarecer o plano, dado que nesta faixa de idade
dificilmente ainda estarão pensando em partos. O absurdo é ainda maior por
ocorrer exatamente debaixo das próprias ventas da ANS, que disponibiliza os
referidos dados e simplesmente fecha os olhos para tal !)
Segunda-feira,
08 de janeiro, 2018 ás 00hs05
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