O
juiz federal Sérgio Moro, símbolo da Operação Lava Jato, repudiou em
manifestação pública quinta-feira(28), o projeto de abuso de autoridade, em
curso no Congresso e que tem apoio expresso do senador Renan Calheiros
(PMDB/AL).
O
alerta de Moro ocorreu durante ato em frente ao prédio-sede da Justiça Federal
em Curitiba, que reuniu procuradores da República, promotores do Ministério
Público Estadual e magistrados.
Moro
alertou que se o projeto for aprovado as investigações, principalmente contra
‘poderosos’, serão barradas. “Haverá um efetivo risco às investigações, eu não
digo aqui da Operação da Lava Jato porque isso transcende muito a Operação Lava
Jato. Isso diz respeito à independência da magistratura, isso é válido para
toda e qualquer investigação, presente ou futura.”
O
projeto que Renan apoia prevê pena de até quatro anos a quem ‘ordenar ou
executar captura, detenção ou prisão fora das hipóteses legais ou sem o
cumprimento ou a observância de suas formalidades’ ou ‘deixa de conceder ao
preso liberdade provisória, com ou sem o pagamento de fiança, quando assim
admitir a lei e estiverem satisfeitos as condições necessárias à liberdade’.
Os
juízes estão convencidos que a meta de deputados e senadores que endossam o
texto é intimidá-los.
“Para
que os juízes possam atuar com independência, e isso especialmente em relação
aos processos envolvendo pessoas poderosas, é importante que ao juiz seja
garantido que as interpretações que ele realizar da lei e do direito não sejam
criminalizadas”, prega Sérgio Moro.
“Por
isso que a magistratura, com apoio das outras instituições, é especialmente
contra esse projeto”, disse o juiz da Lava Jato. (AE)
TEMER REAJUSTA SALÁRIOS DOS
SERVIDORES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
O
Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira(29), traz publicada a lei que
reajusta a remuneração dos servidores da Câmara dos Deputados. O texto foi
sancionado pelo presidente em exercício, Michel Temer, com um veto, referente
aos efeitos da lei, que começariam a valer em janeiro deste ano, o que
significaria a concessão de reajuste com efeitos financeiros antes da data de
sanção da lei.
De
acordo com o texto, o reajuste será dado de forma escalonada: 5,5%, a partir de
1º de janeiro de 2016; 5%, a partir de 1º de janeiro de 2017, aplicados sobre
as remunerações vigentes em 31 de dezembro de 2016; 4,8%, a partir de 1º de
janeiro de 2018, aplicados sobre as remunerações vigentes em 31 de dezembro de
2017; e 4,5%, a partir de 1º de janeiro de 2019, aplicados sobre as
remunerações vigentes em 31 de dezembro de 2018.
O
aumento também será aplicado aos proventos de aposentadoria e às pensões
sujeitos a reajustes com base na remuneração do servidor ativo. As despesas
decorrentes da lei correrão à conta das dotações orçamentárias da Câmara dos
Deputados.
Na
semana passada, foram sancionadas as leis que reajustam os salários dos
servidores do Judiciário e do Ministério Público da União. Ontem, o Diário
Oficial também trouxe a sanção das leis que aumentam os salários do quadro de
pessoal do Tribunal de Contas da União (TCU) e dos militares das Forças
Armadas. (AE)
Sexta-feira,
29 de julho, 2016
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