Falta
trabalho para um total de 27,7 milhões de brasileiros, aponta a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgada nesta quinta (17)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No
primeiro trimestre deste ano, a taxa de subutilização da força de trabalho
chegou aos 24,7%. Desde o início da série história da PNAD Contínua, em 2002,
essa é a maior taxa já registrada. No último trimestre de 2017, a taxa de
subutilização ficou em 23,6%, o que representa um total de 26,4 milhões de
brasileiros. Desde então, a falta de trabalho atingiu mais 1,3 mil pessoas.
Os
maiores índices estão na Bahia, com 40,5% de subutilizados; seguido por Alagoas
(38,2%) e Maranhão (37,4%). As menores taxas estão nos estados de Santa
Catarina, com subutilização de 10,8%; no Rio Grande do Sul (15,5%), Mato Grosso
(16,0%) e Paraná (17,6%).
Onde
estão os trabalhadores subutilizados:
-
13,7 milhões de desocupados, ou seja, desempregados;
-
6,2 milhões de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, ou seja,
aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar
mais;
-
7,8 milhões força de trabalho potencial, ou seja, aqueles que gostariam de
trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam
disponíveis para trabalhar.
Desocupados e desalentados
A
taxa de desocupação também registrou aumento em relação aos resultados do
quarto trimestre do ano passado. Todas as regiões tiveram crescimento em suas
taxas: Norte (de 11,3% para 12,7%), Nordeste (de 13,8% para 15,9%), Sudeste (de
12,6% para 13,8%), Sul (de 7,7% para 8,4%) e Centro-Oeste (de 9,4% para 10,5%).
As
cidades que registraram as maiores taxas de desocupação foram Amapá, com 21,5%;
Bahia, que atingiu os 17,9%; seguido por Pernambuco (17,7%), Alagoas (17,7%) e
Maranhão (15,6%). Santa Catarina teve uma das menores taxas, com 6,5%, assim
como Mato Grosso do Sul (8,4%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Mato Grosso (9,3%).
O
número de desalentados também subiu nos primeiros três meses deste ano.
Entende-se por desalentados aqueles que estavam fora da força de trabalho por:
não conseguir trabalho adequado; não ter experiência ou qualificação; ser
considerado muito jovem ou idosa; não encontrar trabalho na localidade em que
reside e que, se tivesse conseguido trabalho, não estaria disponível para
assumir a vaga.
No
último trimestre de 2017, o contingente de desalentados era de 4,3 milhões. Nos
últimos números divulgados pelo IBGE, a marca chegou em 4,6 milhões de pessoas,
o maior da série histórica.. A taxa de desalento ficou em 4,1% da força de
trabalho, também registrando a maior da série histórica. Alagoas registrou a
maior taxa entre as unidades da federação (17%) e Rio de Janeiro e Santa Catarina,
as menores (0,8% em ambos).
Carteira assinada
Apenas
uma região apresentou expansão de empregos com carteira de trabalho assinada na
iniciativa previda, quando comparados os resultados do último trimestre do ano
passado com os três primeiros meses de 2018. A Região Norte registrou aumento
de 59,9% para 62,9%. (EXAME)
Quinta-feira,
17 de maio, 2018 ás 00:05
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