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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

PARCERIA ENTRE PODER PÚBLICO E ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL SÃO TEMA DE ENCONTRO NO MP-GO




Foi realizado quarta-feira (20/9), no auditório do edifício-sede do Ministério Público de Goiás, o Encontro Formativo sobre o Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social (CNEAS) e o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MNROSC). Com o objetivo de esclarecer o funcionamento de parceiras entre organizações do poder público e da sociedade civil, o evento reuniu gestores e representantes de organizações sociais, e foi realizado em parceria pelo Centro de Apoio Operacional (CAO) dos Direitos Humanos do MP, e a Secretaria Estadual da Mulher, do Desenvolvimento Social, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e do Trabalho, por meio da Superintendência de Gestão do Sistema Único de Assistência Social (Suas), e o Conselho Estadual de Assistência Social (Seas).

Para esclarecer pontos sobre o funcionamento e gestão do Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social (CNEAS), esteve presente a assessora da Coordenação de Acompanhamento da Rede Socioassistencional Privada do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Mirian da Silva Queiroz. Também foi palestrante o diretor tesoureiro da Caritas Arquidiocesana de São Paulo, Aguinaldo Luiz de Lima, que falou sobre o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MNROSC), que estabelece parâmetros para a parceria entre o poder público e organizações da sociedade civil.

Na abertura do evento, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos do MP, Patrícia Otoni, iniciou as apresentações destacando o novo regime legal sobre as parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil. Em sua fala, a promotora procurou mostrar a importância “de combinar as valorizações das organizações da sociedade civil com transparência na aplicação dos recursos públicos”, o que foi obtido por meio da lei do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (OSCs), a Lei nº 13.019/2014.

“A participação social, o fortalecimento da sociedade civil e a transparência na utilização dos recursos públicos são princípios que devem orientar a aplicação e interpretação desta lei em todo o território nacional”, salientou Patrícia Otoni. Segundo reiterou, a nova norma procura instituir um relacionamento público-privado fundado em condições legalmente estabelecidas, pautadas em objetivos coletivos, na construção participativa e no reconhecimento do papel das organizações como parceiras complementares da atuação do Estado.

Uma das ferramentas inovadoras trazidas por esse marco, ressaltou, foi o procedimento de manifestação do interesse social, que “permite a cidadãos, aos movimentos sociais e organizações a apresentação de propostas ao poder público para que este avalie a possibilidade de realização de um chamamento público objetivando as parcerias”.

O encontro também contou com a presença do superintendente de Gestão do Sistema Único de Assistência Social em Goiás (SUAS), Jales Alves Barretos Júnior; a gerente de Proteção Social da Secretaria Cidadã, Camila Fajardo Beja; o presidente do Conselho Estadual de Assistência Social, padre Pedro Sirtoli; a presidente do Colégio Estadual dos Gestores Municipais de Assistência Social, Aleandra Sousa, e a assistente social e assessora da Coordenação de Acompanhamento da Rede Socioassistencial Privada do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Mirian da Silva Queiroz, que ministrou a primeira palestra, no período matutino.

A palestrante trouxe a discussão da importância dos cadastros e coletas de dados de entidades beneficentes para políticas públicas de assistência social. Destacou os níveis de reconhecimentos das OSCs no SUAS, na fase de inscrição, feito pelo Conselho de Assistência Social, responsável também pelo acompanhamento e fiscalização. E abordou ainda o cadastro nacional de entidades, realizado pela gestão municipal, enfatizando a relevância do cadastro completo para celebração de parcerias, bem como da presença nas emendas parlamentares federais e da certificação de entidades beneficentes de assistência social. Esses cadastros fornecem informações públicas dessas entidades, como as atividades desenvolvidas e seu público-alvo.

Marco Regulatório
No período da tarde, o evento seguiu com a palestra do diretor tesoureiro da Caritas Arquidiocesana de São Paulo, Aguinaldo Luiz de Lima, que falou sobre o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, representado pela Lei Federal nº 13.019/2014, que regula a gestão das Organizações Sociais. De início, o diretor ressaltou a abrangência do marco, que não se trata somente de uma lei, mas de uma agenda.

Na palestra, foram expostos, de forma explicativa, detalhes e interpretações da lei, ressaltando seu caráter regulatório, estabelecendo um regime jurídico de parcerias entre organização públicas e civis. O diretor apontou ainda as dificuldades existentes na interpretação de convênios em diferentes regiões do País. Foram destacados também os fundamentos da legislação, que tem por objetivo gerar transparência na aplicação de recursos públicos e priorizar o controle de resultados por meio prestação de contas.

Ainda visando à efetividade da lei, o diretor falou sobre a necessidade de mobilização pressionamento por parte da sociedade civil, já que, para ele, a questão não é somente da Justiça, mas de um conjunto de fatores que colaboram para o seu bom funcionamento. 

(Texto: Bruno Corrêa e Patrícia Borges - Estagiários da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO/ Supervisão: Ana Cristina Arruda/ Fotos: João Sérgio e Geovanna Lemes)

Quinta-feira 21 de setembro, 2017 ás 00hs05

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